domingo, abril 08, 2018

Presidente Trump: “animal Assad pagará big price!”

Presidente Trump reagiu ao ataque químico na Síria, chamando Assad de animal e prometendo que Irão e Rússia serão co-responsabilizados pelo sucedido. O Departamento do Estado dos EUA acusou Assad de ataque químico e Rússia em cumplicidade.
Ler o comunicado de imprensa
Começa aparecer a informação sobre diversos locais sírios que os militares americanos colocaram à disposição do presidente Trump para que estes sejam alvos de mísseis de cruzeiro: aeroporto militar Al-Dumayr (de onde descolou o helicóptero com nome de código “Dica 427”, alegadamente responsável pelo ataque químico em Duma), mas também edifícios administrativos e estatais em Damasco, incluindo o palácio do Assad.
A imprensa turca divulga a posição da Turquia na análise do sucedido: o ataque químico do regime do Damasco que matou cerca de 78 e feriu até 1.000 pessoas realmente aconteceu, o presidente Erdogan exorta Ocidente à agir no caso de “crianças, mulheres, seres humanos à serem abatidos e martirizados em Guta Oriental”.
foto @aa.co.tr
Sobre incidente deste sábado (7 de abril de 2018) é sabido que no decorrer do bombardeamento da cidade de Duma, o helicóptero afeto ao regime sírio atirou uma ou mais “bombas de barril”, artilhadas como cloro ou agente químico na base de cloro. A bomba de barril é uma arma usada constantemente na guerra civil síria, o nitrato de amónio foi empregue em alguns ataques anteriores, dado que é uma substância produzida localmente (por exemplo na fábrica de As-Safira, nos arredores de Aleppo).
O cloro não é uma substância venenosa de combate, devido à sua baixa capacidade venenosa, mas claramente, é um agente tóxico. Tanto os militantes anti-Assad, quanto as forças pró-Damasco foram repetidamente vistos à usarem o cloro uns contra os outros – a crueldade da guerra civil síria é enorme, as partes usam os métodos de destruição mútua mais desumanas.
É de notar que da parte do Assad, cerca de três quartos das forças que cercam a Duma são mercenários estrangeiros, geralmente xiitas. Eles não têm o menor incentivo para poupar a população civil da Duma, na sua maioria sunitas, acusados de serem cúmplices de terroristas e, portanto, sem direito à misericórdia. Exatamente a mesma atitude foi demonstrada pelas forças xiitas no Iraque no decorrer de assalto/libertação das cidades de Fallujah, Ramadi, Mosul, e isso apesar do facto de que as unidades de assalto, na sua maioria, eram compostos por cidadãos do mesmo país – Iraque.
A acusação oficial americana já foi apresentada e, tal como no caso de Sergey Skripal agora é tarde demais para pedir provas ou negar os factos. Agora serão decididas as sanções. Os EUA podem atacar Assad, por este ultrapassar a famosa “linha vermelha na arreia”, traçada pelo Obama, ou Estados Unidos podem adicionar o caso à próxima porção de sanções aplicadas contra a Rússia – por crimes de guerra na Síria. A escolha é bastante ampla e será feita exclusivamente pelos americanos.

1 comentário:

francisco júnior disse...

Essa guerra não acaba nunca afs .