sábado, abril 08, 2017

A resposta do Trump ao regime ao Assad: os resultados

O ataque dos Tomahawk americanos contra a base aérea síria de Shayrat em Homs oriental destruiu a maior parte da infra-estrutura, 14 aviões Su-22 e matou alguns militares do regime. A lua-de-mel entre a nova administração americana e o regime do Putin definitivamente está caminhando rumo ao desconhecido.

Os EUA afirmam que avisaram Beijing e Moscovo, federação russa responde que nada sabia. Sabia ou não, ninguém defendeu Bashar al-Assad.
A base aérea Shayrat é a segunda base síria, usada pela aviação russa desde 2015, após o uso da base T4. A base Shayrat era um hub importante de reparação de aviação síria, praticamente único de espécie. Não se sabe onde agora serão efetuadas as reparações dos restos da aviação síria.

A publicação libanesa Al-Masdar confirma que na base de Shayrat estiveram presentes os militares russos, nenhum dos quais sofreu qualquer dano físico. O que pode servir de confirmação indireta dos dados americanos, eles realmente informaram Moscovo. Não se sabe se os bens materiais russos foram danificados, mas fala-se de destruição dos 14 Su-22 sírios, pertencentes ao 67º e 685º grupos aéreos da força aérea síria.

Os alvos múltiplos: os resultados no terreno

Os militares americanos falam em 44 alvos destruídos, os comentadores russos tentam, de uma forma algo frouxa, trollar os americanos, usando o argumento de 59 mísseis disparados e 23 chegados à base.

No entanto, o blogueiro russo pró-Assad, Ivan Sidorenko, escreve sobre as perdas consideráveis, em resultado do ataque, entre os iranianos xiitas, incluindo um brigadeiro general. Naturalmente Moscovo não iria avisar os aliados dispensáveis... 
O mesmo Sidorenko escreve sobre o ataque de mísseis contra o depósito de munições na base de Qarqalas/Farqalas, pertencente ao exército do regime sírio. O que pode explicar perfeitamente a diferença entre os mísseis disparados e os que atingiram a base de Shayrat. As perdas materiais em Qarqalas/Farqalas são desconhecidos, possivelmente é segredo do estado.

A resposta russa
A reação russa foi surpreendentemente incrível e impressionante – foi suspenso um memorando de prevenção de incidentes e garantia da segurança da aviação no decorrer das operações na Síria. Nada foi cancelado. A medida é temporária. Durável no curto período da preocupação. Além disso, foi convocado o CS da ONU. A Rússia considerou a ação americana como um ato de agressão. Os EUA e todos os seus aliados europeus e fora da Europa não concordaram...

A resposta israelita
Existe a informação do que já neste domingo Israel planeia debater o plano de uma intervenção limitada na Síria. Além disso, existe a informação não confirmada, avançada pela oposição síria do que na noite da sexta-feira a aviação israelita bombardeou as posições do “Hezballah” na Síria. A informação avança que a FA do Israel atacou quatro alvos ao norte de damasco, nas proximidades da fronteira libanesa na região montanhesa de Qalamoun; na região de Jarud al-Mara e nos arredores da localidade de Flita. Nem Damascus, nem Israel comentam a informação.

A reação chinesa
As tropas filipinas entraram em uma das ilhas desabitadas e disputadas no Mar do Sul da China. O Beijing agora estará ocupado com os seus próprios problemas...

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