segunda-feira, dezembro 19, 2016

O contra-ataque ucraniano no arco de Svitlodarsk

Na manhã de 18 de dezembro de 2016 as tropas de ocupação russas iniciaram a ofensiva terrestre, precedida pelos bombardeamentos maciços de artilharia pesada e de morteiros no arco de Svitlodarsk na região de Donetsk. Em resultado do contra-ataque as Forças Armadas da Ucrânia (FAU) tomaram as posições táticas favoráveis (o reservatório de água de Vuhlehirsk).
«Em resultado de combates violentos a iniciativa dos terroristas foi interceptada e as tropas ucranianas contra-atacaram o inimigo, empurrando-o para trás. Infelizmente, durante os confrontos 5 militares ucranianos morreram. As perdas dos terroristas o mais provável que excedem significativamente as perdas ucranianas, pois FAU estão controlar uma posição tática favorável”, – conta um dos militares da linha de frente.
O passaporte do terrorista e tenente russo Airat N. Kalimullin apreendido em junho de 2016
É de recordar que uma situação semelhante ocorreu naquela área em 29 de junho de 2016. Na altura, em resultado do contra-ataque ucraniano, os invasores russos foram expulsos das suas posições, usadas para bombardear as posições ucranianas próximas. Junto aos terroristas mortos, incluindo um franco-atirador, foram achados os documentos dos cidadãos da federação russa. Um deles era seu comandante, o tenente russo Airat Natikovich Kalimullin, que fugiu, deixando os subordinados e até mesmo perdendo nas posições o seu passaporte, recorda InformNapalm.org

Cerca das 19h30 (hora ucraniana) o centro de imprensa da Operação Antiterrorista (OAT) confirmou a informação sobre os acontecimentos do dia 18 de dezembro:
«Desde 5h50 na área de arco Svitlodarsk e após o bombardeamento maciço com uso de artilharia pesada e morteiros, as forças de ocupação russas tentaram empurrar as unidades ucranianas das suas posições avançadas.

O inimigo usou as forças consideráveis para tentar flanquear os pontos de defesa ucranianos. No entanto, as suas intenções foram descobertas e começou a batalha. Durante o combate de duas horas as unidades ucranianas conseguiram derrotar os terroristas. De acordo com os relatórios de inteligência, as perdas inimigas totalizaram cerca de 20 mortos e 30 feridos [a correlação 1:1,5 é crível na situação em que as forças terroristas russos atacavam e as forças ucranianas se defendiam, um dos terroristas russos escreve sobre as perdas da dita «dnr»37 mortos e 52 gravemente feridos].
A situação na linha da frente cerca das 23h00 (hora ucraniana) do dia 18/12/2016
Infelizmente, as forças ucranianas também tiveram as suas baixas, 5 militares morreram e 6 foram feridos (4 ligeiros e 2 de gravidade media). Todos os feridos receberam a ajuda médica atempada».

As baixas ucranianas na linha da frente

A 54ª Brigada das FAU na região de Donetsk (zona de Debaltseve) teve até 6 militares mortos e até 25 feridos [possivelmente uma parte pertence ao DUK PS, pelo menos 1 morto é do 25º Batalhão da Defesa territorial “Kyivska Rus”], na sua maioria em resultado das ações de artilharia russo-terrorista que usa na área várias baterias com calibres 152, 122 e 120 mm. Os principais combates são registados nos arredores da colina 220 onde as forças russo-terroristas usaram as reservas táticas – duas unidades de blindados. Os terroristas não avançam, mas continuam os bombardeamentos. É de notar que segundo o acordo Minsk-2 a cidade de Debaltseve e os seus arredores pertencem à Ucrânia, mas foram ocupados pelas forças russo-terroristas em janeiro-fevereiro de 2015 (por Yuriy Butusov).
A paramédica do DUK PS, Velentyna Olefirenko escreveu: “Quem pode e quem não pode, independentemente da sua religião, orem pelos nossos rapazes!

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