segunda-feira, novembro 28, 2016

Cuba, me devolve o pão!

Após o bem-sucedido golpe socialista que transformou a “Ilha de Liberdade” em um local onde as mulheres se vendiam por um sabonete ou um frasquinho de perfume, conhecido ente os soviéticos como a “DTS de exportação” e cemitério dos carros sucateados, na URSS era bastante popular a canção “Cuba – o meu amor”.

Cantada pela Aleksandra Pakhmutova e com a letra do Nikolai Dobronravov, a canção tinha estas linhas:

Cuba – o meu amor.
Ilha do amanhecer carmim.
Canção voa sobre o planeta, zumbindo..
Cuba é o meu amor!

Mas os sarcásticos cidadãos soviéticos, ficando na bicha/fila para comprar o pão, feito de farelo, após a crise dos mísseis de Cuba, inventaram uma outra canção, infinitamente mais popular e baseada na mesma melodia sobre Cuba, mas com a seguinte letra malandra:

Cuba, me devolve o pão.
Cuba, leve o seu açúcar!
Você não receberá mais mísseis!
Cuba, vá mas é pr´o c@ralho!

Uma outra quadra popular rezava:

Bonitinho, bonitinho,
Cuba come panquecazinhas.
Nos corremos, nos peid@mos,
pão de feijão nos tachamos.

O preço do açúcar cubano
A URSS pagava pelo açúcar cubano 2-3 vezes mais do que era o preço médio mundial, fechando as suas próprias fábricas e desinvestindo na indústria açucareira soviética. As fábricas cubanas, por sua vez, eram rentáveis apenas contando com o mercado preferencial soviético e como tal, foram se fechando após a derrocada da URSS em 1991 (fonte). Em geral, o “internacionalismo proletário” soviético não foi nada barato, a dívida geral cubana para com a URSS contabilizou cerca de 35 biliões de dólares, 90% deste montante foi perdoado pela Rússia em 2014.

A alegria cubana
Os cubanos do bairro Pequena Havana em Miami, felizes com a morte do Fidel Castro. As fotos @REUTERS/Gaston de Cardenas.

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