sábado, dezembro 19, 2015

Os bombardeamentos russos na Síria: a tragédia dos seus alvos

«Os melhores exercícios (militares) do que a operação na Síria, são difíceis de imaginar. Podemos treinar lá por tempo bastante longo sem danos ao orçamento» — Vladimir Putin na conferência de imprensa em 17.12.2015. Na foto: os moradores do Sukuri, um subúrbio de Alepo, vasculham os escombros das habitações no local dos bombardeamentos da aviação russa em 07.12.2015.

A reação do público russo
Na blogosfera e nas redes sociais russas, a tónica dominante dos comentários é simples: “é tudo uma mentira”. Do tipo: mas provem lá que a foto do menino morto não é o resultado do terramoto, tufão, tsunami ou a queda do meteorito (Sic!)...
Estimados, não se trata do meteorito, são resultados dos bombardeamentos russos, quase diários, dos subúrbios do Alepo, controlados pela oposição síria. Os seus resultados são documentados pela maior e mais prestigiante agência de informação turca, Anadolu Agency, as imagens são adquiridas e divulgadas na página de uma das quatro maiores agências fotográficas do mundo, Getty Images. O que é fácil de verificar se entrar na página da agência na Internet: Getty Images, escrevendo no seu motor de busca algo como «aleppo russian air strike». Nas imagens screanshoot vocês poderão ver as descrições das fotografias (captions), com as quais que Getty Images acompanha as fotos expostas. E os sírios aprenderem detetar muito bem, quem é que está os bombardear, não é tão difícil (fonte).

A propaganda soviética russa anti-Daesh/EI

Numa escola primária russa, nos arredores de Moscovo, durante as aulas, às crianças foram distribuídas os postais e uma TPC: escrever as saudações de ano novo, dirigidas aos soldados russos na Síria.
Não é nenhuma piada, tudo inserido na histeria patrioteira que já tive alguns precedentes históricos, eis o Died Moroz (Avô Geada) russo sem tempo de pensar na paz. A estilística da imagem é muitíssimo semelhante à propaganda soviética dos anos 1940 – 1960. Pois, na época do Brejnev, os meninos da primária já não recebiam as “tarefas voluntárias” de desenhar para o “reduzido contingente soviético”, engajado no cumprimento do “dever internacionalista” no Afeganistão (fonte). 

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