quarta-feira, outubro 15, 2014

A criação do Dia do Defensor da Ucrânia

14.10.2014: a Marcha do UPA em Kharkiv
O dia 14.10.2014 entrará na história da Ucrânia como o dia em que o país finalmente rompeu com o passado soviético no domínio militar. Neste dia, o presidente Petró Poroshenko assinou a Ordem presidencial № 806/2014 sobre a constituição do “Dia do Defensor da Ucrânia”.

O texto do Decreto diz:

Para honrar a coragem e o heroísmo dos defensores da independência e da integridade territorial da Ucrânia, das tradições militares e das conquistas do povo ucraniano, promovendo ainda mais o reforço do espírito patriótico na sociedade e para apoiar as iniciativas da sociedade, decreto:
1. Instalar um feriado na Ucrânia – o Dia do Defensor da Ucrânia, que será comemorado anualmente em 14 de outubro.
A cidade de Kharkiv recorda e reconhece UPA
O mesmo decreto também anulou o Decreto do Presidente da Ucrânia № 202 de 23 de fevereiro de 1999 que institucionalizava a celebração do dia 23 de fevereiro como o “Dia do defensor da Pátria”, feriado que transitou da época soviética para o quotidiano da Ucrânia independente.

Fonte:

Marcha de UPA em Kyiv
https://www.youtube.com/watch?v=DrbasrJ1w1Y
Confrontos em frente do Parlamento

Em frente do Parlamento da Ucrânia decorreram os confrontos entre manifestantes e polícia, que resultaram em 15 polícias feridos (2 com gravidade) e detenção de pelo menos 50 manifestantes.

O assessor do ministro do interior da Ucrânia, Anton Gerashchenko, informou que a polícia deteve pelo menos 50 participantes na provocação, que “atiravam as pedras, partiam vidros, atiravam os pacotes explosivos, atacavam os polícias”, estes últimos sofreram “ferimentos na cabeça, tiveram os braços e articulações fraturados”.

Anton Gerashenko informou que todas as infracções foram registadas em vídeo e não descartou a possibilidade do que: “atrás dos organizadores das provocações estarem as agências de inteligência estrangeiras da Federação Russa”.

Os atacantes não conseguiram perturbar o trabalho do Parlamento ucraniano que adotou favoravelmente uma série de leis anti-corrupção, de lustração (limpeza do poder), de responsabilização de falsificação do processo eleitoral (com a responsabilidade aos que “compram”, mas também aos que “vendem” os votos), entre outros.

“O Ministério do Interior apela à todas as forças políticas de abster-se de realização de ações de massa em Kyiv até o dia da eleições em 26 de outubro, pois (tais ações) podem ser usadas para os fins de provocação pelos inimigos da Ucrânia”, – escreveu Gerashchenko no seu perfil na Facebook.
O Parlamento no seu plenário de 14 de outubro por algumas vezes tentou incluir na agenda dos trabalhos o decreto-lei sobre o reconhecimento do Exército Insurgente da Ucrânia (UPA) e da Organização dos Nacionalistas da Ucrânia (OUN) como a parte beligerante que lutou pela independência da Ucrânia na Segunda Guerra Mundial, mas para já sem sucesso, escreve Newsru.ua

A jornalista e ativista ucraniana, Tetiana Chornovol, que foi brutalmente espancada quase até a morte pelos gorilas do Yanukovych em dezembro de 2013 e que em 2014 perdeu o marido na OAT, defendeu corajosamente a polícia ucraniana contra os provocadores que atacaram o parlamento.
https://www.youtube.com/watch?v=3LLhuuse6jY

É de recordar que os provocadores que atacaram o Parlamento ucraniano no dia 14 de outubro, usam as mesmas ferramentas e técnicas que foram empregues em dezembro de 2013 nas imediações da Administração presidencial. Em 2013 a ação foi comandada pelo Dmytro Korchynsky e executada pelo seu grupo pseudo religioso “Bratstvo” (Irmandade). O próprio Korchynsky é conhecido como agente-provocador e como demonstra a foto de 2005, no passado recente era o melhor amigo do Dugin, que de momento exorta “matar, matar, matar” os ucranianos... Aqui aplica-se perfeitamente a regra de “diga me quem é seu amigo e eu direi quem tu és”.

Ano 2005, Dugin e Korchynsky na luta conjunta contra o atlantismo ocidental.
Dugin recebe no serviços secretos do seu país, onde recebe Korchynsky só é possível imaginar... 
Ver as fotos dos confrontos: FOTOS1 e FOTOS2

A manifestação em frente do parlamento foi organizada pela VO Svoboda (Liberdade), o seu líder Oleh Tiahnybok escreveu no seu Facebook que o partido irá apresentar o projeto-lei № 3530 “Sobre a proibição de ideologia comunista”. Além disso, VO Svoboda apoiava favoravelmente as leis anti-corrupção e a lei sobre a Procuradoria, além da lei sobre o reconhecimento da OUN-UPA (o projeto-lei reuniu 222 votos favoráveis dos 226 necessários).

Marcha de UPA em Kharkiv

Na cidade de Kharkiav, a Marcha do UPA reuniu milhares de pessoas, a ação decorreu na maior tranquilidade (FONTE).

http://youtu.be/TQPo3cURk2w

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