domingo, setembro 28, 2014

Os israelitas e judeus do exército da Ucrânia

O maior vespertino israelita, jornal Yedioth Ahronoth, publicou na sua edição de 24 de setembro um artigo extenso sobre a participação dos israelitas e dos judeus na luta contra a invasão e ocupação russas da Ucrânia.

Na entrevista pormenorizada da autoria do Eduard Doks, o correspondente do jornal em Kyiv, o judeu ucraniano “Alex” (34), veterano da Brigada Nahal, conta que voltou à Ucrânia para defender a sua terra natal contra os terroristas russos.


«Quando o comandante me ligou, para convidar à participar na operação contra a Faixa de Gaza eu lhe disse: «Irmão, eu agora estou lutar pela Ucrânia. Eu sei que as Forças de Defesa de Israel irão aniquilar os terroristas palestinianos, enquanto aqui não há quem possa tratar dos russos», — contou o instrutor israelita do exército ucraniano.

“Alex” nasceu em Odessa, veio para Ucrânia à convite do Borys Filatov — o vice-governador da província de Dnipropetrovsk. Em 6 meses “Alex” formou quase 3000 militares ucranianos, usando a metodologia das FDI. Ele conta que após a saída do cerco de Ilovaisk um dos seus formandos lhe ligou e disse: «Apenas graças às suas dicas e treino eu estou vivo».

O artigo também conta a história do judeu religioso Asher Cherkassky (nas fotos em cima) da cidade de Dnipropetrovsk que voluntariamente se alistou no batalhão (agora regimento) Dnipro. Asher tem 44 anos, vivia na Crimeia, mas após a ocupação da península pela Rússia, mudou-se com família para Ucrânia continental. Na entrevista Asher diz: «É o meu dever religioso e cívico — defender a minha família e o meu país contra a invasão estrangeira». O regimento não tem a comida kosher, por isso Asher consome enlatados e trigo mouro, passado pela água efervescida. Nas suas palavras, no exército ucraniano na zona da OAT «há muitos judeus».
No artigo menciona-se o facto do que o rabino da cidade e da província de Dnipropetrovsk, Shmuel Kamenetskiy apoiou a decisão de Asher de se inscrever no regimento «Dnipro».

Fonte:

Os judeus — alvos dos terroristas

No passado dia 30 de agosto, em Donetsk, às mãos dos terroristas russos, foi assassinado Georgiy (Eliahu) Zylberbord (47 anos, na foto em baixo no meio, de camisa branca), membro proeminente da comunidade judaica da Ucrânia.
Zylberbord era membro do conselho de curadores da comunidade judaica de Donetsk, residia no condomínio, construído por ele próprio nos arredores da cidade. Quando os bandidos vieram saquear a vila, juntamente com o chefe da segurança, Zylberbord tentou deter-os. Os terroristas mataram os dois...

O rabino da comunidade judaica de Donetsk, Pinchas Vishedski, amigo próximo do Zilberbord, descreveu-o como um crente que frequentava regularmente a sinagoga, a pessoa que prestava ajuda financeira generosa à comunidade. “Ele era muito mais do que um grande amigo”, – disse o rabino, – ele era como o meu irmão”. A esposa do rabino, Dina Vishedski, acrescentou: “Ele era uma parte da nossa família. O funeral foi muito pesado. A comunidade judaica de Donetsk dispersou-se por todo o país, mas as pessoas vinham de todos os lugares. Ele era uma pessoa muito ativa e tinha muitos amigos. Ele era uma pessoa especial”.

O rabino Vishedski que deixou Donetsk por causa da situação criada na cidade, fundou o escritório da comunidade judaica de Donetsk em Kyiv, “para ajudar os judeus de sua cidade, que se refugiaram na capital e em outras partes do país”, escreve Chabad.org
O funeral do Georgiy Zylberbord teve lugar no dia 1 de setembro, em Kyiv, para onde a família levou o seu corpo. A cerimónia na sinagoga de Podil (baixa de Kyiv) reuniu mais de 500 pessoas, na sua maioria membros da comunidade judaica de Donetsk, que se refugiaram em Kyiv, fugindo da guerra e das atrocidades de terroristas pró-russos.

Fonte:

O blogueiro ucraniano Roman Eridan acrescenta:

Pela primeira vez desde a II G.M., os judeus tiveram que abandonar Donetsk. É de notar que eles não se dirigiram à “hospitaleira” federação russa, mas escolheram a cidade de Kyiv, supostamente tomada pelos “fascistas”.

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