domingo, julho 13, 2014

Morreu Valeriya Novodvorskaya

Morreu Valeriya Novodvorskaya (17 de maio de 1950 – 12 de julho de 2014), ativista liberal russa, dissidente soviética, a fundadora e presidente do partido “União Democrática”, tradutora e professora de profissão, membro do conselho editorial da revista “The New Times”.

Valeriya Novodvorskaya participou ativamente no movimento dissidente soviético desde a sua juventude, presa pela primeira vez em 1969 por distribuir os panfletos que criticavam a invasão soviética da Checoslováquia (Primavera de Praga de 1968). Os folhetos incluíam os versos da sua autoria: “Obrigado, o partido comunista, pela nossa amargura e desespero, pelo nosso silêncio vergonhoso, obrigado o partido!”. A dissidente tinha apenas 19 anos nessa época, foi presa e encarcerada no hospital psiquiátrico soviético, assim como muitos outros dissidentes. Ela descreveu sua experiência de psiquiatria punitiva soviética no livro “Beyond Despair”.
Valeriya em criança
Em 18 de março de 2014 na declaração da liderança da “União Democrática”, Novodvorskaya criticou fortemente a Rússia pela sua política externa em relação à Ucrânia, dizendo que a “União Democrática” não reconhece nem a realização de um referendo sob os canos de canhões e metralhadoras russas, nem os seus resultados falsificados. Tártaros da Crimeia não participaram no referendo. [...]

Assim, a União Democrata não reconhece este anschluss, não reconhece a anexação da Crimeia, considera a Crimeia como território ucraniano e não quer se solidarizar com um estado fascista, que segue o caminho do Stalin-Hitler, encabeçado pelos chequistas. Rússia declarou a guerra contra Ucrânia. Nesta guerra estamos do lado da Ucrânia.

Paz à sua alma!

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