domingo, julho 27, 2014

Julgamento da Nadia Savchenko #SaveOurGirl

O tribunal russo da cidade de Voronezh começou o julgamento ilegal da militar ucraniana Nadia Savchenko, capturada em combate pelos terroristas e raptada pelas autoridades russas. A sentença será conhecida no dia 30 de Agosto. Nadia Savchenko continuará presa até lá (FONTE).

A jornalista ucraniana Iryna Storozhenko conta como decorreu o julgamento:

Penso sobre Nadia. Lembro o que ela dizia. Tal genuína, sincera, incondicional, forte, e até brincou e trollou o tribunal e a investigação. Sinta-se que o seu espírito é indomável. E isso é a coisa principal. O sistema judicial russo está podre e falso. O reino dos espelhos tortos. A juíza se esqueceu de incluir ao processo uma declaração sobre as circunstâncias da detenção, o procurador disse que eles pedirão a extensão da detenção da Nadia Savchenko: “até o final de outubro de dois mil e quatrocentos, oh, dois mil e catorze”, a tradutora, é uma criatura medrosa que todo o tempo estava a ser parva, pois não se atrevia à pronunciar as palavras cortantes da Nadia sobre má qualificação, mentiras e a violação de direitos. E claro, a pérola do Comité de Investigação da Federação Russa que o crime ocorreu na república popular de Luhansk :-)

A primeira coisa que ela perguntou, quando soube que para não será libertada: “Será que vou poder participar nas eleições no meu país?”. O juiz parece nem percebeu sobre o que se fala... Era visível como Nadia olha para o monitor para encontrar os rostos familiares, depois ela confessou que sente as saudades pelas pessoas e lhe falta a comunicação. Naquele momento, eu queria abraçá-la, apoia-la, para que ela poderia sentir isso. No intervalo eu veio atá a cela, acenei e mandei lhe os beijos. Ela não estava ver a sala muito bem. Ela não sabia que os seus familiares ou pelo menos os amigos mais próximos não estavam lá. Quando eu “falei” com ela, ela entendeu que ninguém dos familiares veio, e eu sou uma pessoa estranha, por isso, provavelmente, chorou. À mim também correram as lágrimas. Aquele momento a ligação inesperada era sentida por outros que mais tarde perguntaram se não somos parentes. No entanto, mais tarde, na interpretação da imprensa russa isso foi mostrado na seguinte formulação: “Havia outros que queriam apoiar a acusada de “cumplicidade no assassinato” dos jornalistas russos. Uma moça jovem mandava os beijos à Savchenko. Os oficiais de justiça posteriormente desligaram a câmara e o som para que isso não aconteça novamente durante os intervalos”...

Na entrevista ao LifeNews Nadia uma vez deu entender que não sabe o quanto sobre ela escrevem e falam no decorrer do seu cativeiro, não sabe até que ponto os ucranianos se preocupam com o seu destino. Portanto, após a troca de algumas palavras, nem se levantou a questão se devemos acenar-lhe com a nossa bandeira, que sempre possui Anastasia Rozlutska. Foi muito rápido no meio da multidão, quase correndo, não havia câmaras, não estava lá o juiz. Eu simplesmente estava mais perto. Na nossa consciência sabíamos que não violamos nada, pois a sessão foi encerrada. E Nadia respondeu em voz alta gritando: “Glória a Ucrânia”, e, em seguida, no “Glória aos Heróis”, que também inesperadamente, como uma explosão sacudiram a multidão, em resposta, eu senti uma forte empurrão. Era o guarda. Ele me levava à algum lugar. Em seguida, descobriu-se que apenas à porta. Enquanto na cabeça ocorreu que era para outro lugar...

Na rua, ao lado do meu operador da câmara que não entrou (no edifício), já estavam os membros do serviço de migração, que examinavam os documentos. Não fomos acusados de nada. Chegamos ao tribunal com o cônsul e os defensores dos direitos humanos. Por isso, familiarizando-nos com a legislação, fomos rapidamente liberados. Já voltando para casa entendemos o risco. Desculpem, todos à quem obriguei ficar preocupados, até que cruzamos a fronteira, especialmente aqueles que também era responsável por nós. Mas isso era muito importante. É importante que ela saiba que estamos com ela. Por acaso, é possível escrever lhe, as cartas são lhe entregues!

Finalmente, encontrei a foto! Alguém consegui!! Ela está a sorrir!!!

Escrever as cartas à Nadia Savchenko – a oficial-piloto que participou como voluntária na Operação anti-terrorista no leste da Ucrânia, capturada pelos terroristas, foi ilegalmente levada para a Rússia:

394045, Russian Federation, Voronezh, Antokolskogo str., № 6, SIZO № 3, Savchenko Nadezhda
394045, Российская федерация, г. Воронеж, ул. Антокольского, д. 6, СИЗО № 3, Савченко Надежде

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